sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

PEREGRINAÇÃO À JERUSALÉM

JUBILEU DE OURO

17 à 29  DE OUTUBRO de 2011


Jerusalém! Ao contemplá-la, temos a impressão de estar ouvindo os clamores dos discípulos ao receber Jesus: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus” Lc 19,37 Isso foi demais para os fariseus que em protesto disseram: “Mestre, repreende teus discípulos” ao que Jesus lhes respondeu: “Se estes se calarem, clamarão as pedras” Lc 19,40.
“Jesus, então, contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo: “Não ficará sobre ti, pedra sobre pedra”  Lc 14,44.
Estando lá... é justamente essa magia insondável do etéreo, que nos invade e comove.
A história é conhecida, mas o estar-se ali... olhando e sentindo a realidade do fato – é muito diferente. Desperta-se do sonho para a realidade, ficando no íntimo do ser o registro de que tudo o que se aprendeu e ainda se procura, está ali  latente e concretizado. Ver, sentir e viver a verdade é um misto de anseios e experiências que ultrapassa o saber e nos arrebata à busca da plenitude que, naquele instante, nos parece tangível.
Ao contemplar as pedras inertes, tantas vezes golpeadas sob o azul dos cosmos, como sentenciou Jesus, sente-se o mistério do amor infinito que levou um Deus a se imolar pelo resgate de sua criatura.
Essa é a marca deixada por nossa peregrinação aos lugares sagrados onde Jesus nasceu, cresceu, foi batizado, ensinou pregou nas sinagogas, realizou milagres e, finalmente, foi crucificado, morto, sepultado e gloriosamente ressuscitado. Foi irresistível!
Casa de Nossa Senhora – Basílica da Anunciação – Beleza angelical da Virgem que no proferir do “Fiat”, torna-se Mãe do próprio Deus, pela graça do Altíssimo. Sublime e comovente demais para ser descrito em poucas palavras.
Mar da Galiléia Réplica da barca de Pedro. Verdadeiro êxtase!
Ao balanço do barco, a leitura do evangelho. Todos contritos, contaminados pela simplicidade do texto e pela singularidade do lugar a refletir o sol sobre as águas, na amplidão do espaço, quando de repente, Pe. Enrico ordena com firmeza: “Parem o motor!” Silêncio profundo caiu sobre todos e tudo. Cada coração abismou-se na presença da graça que se fez sentir naquele instante. Foi indescritível.
Monte das Oliveiras – Getsemani (Igreja da Suprema Angustia) -  Perdido na placidez do lugar, um altar pequeno, simples no rigor da expressão, contrastando com a imensidão do espaço e a grandiosidade da celebração da Eucaristia, bem aos moldes de seu significado - Oração e Agonia de Jesus. Ali... estivemos rezando, meditando sobre o mistério d”Aquele que sentiu na carne a solidão do abandono (até mesmo de seus escolhidos) caindo em agonia profunda pelo pavor do martírio que havia de sofrer – Verdadeiro Deus em condição de Homem. – Ele também rezou, mas rezou sozinho, sufocado pela dor dos crimes que não praticou, ao ponto de pedir ao Pai: “Pai afasta de mim este cálice”, no que humildemente logo retrocedeu dizendo “Mas faça a Sua vontade e não a minha”, Lc 22,42 confirmando com isto o legado do Pai Nosso, que nos ensina “Seja feita a Sua vontade”.
Assim fomos andando... subindo, descendo e não parando, sem sentir, sequer, as agruras das pedras do caminho. Em cada lugar uma emoção diferente – estímulos renovados e corações lavados.
Igreja de Caná, Casa, Primado de Pedro e Ruínas da Antiga Sinagoga, Igreja da Multiplicação dos Pães e dos Peixes,  Monte e Igreja das Bem Aventuranças, Rio Jordão, Campo dos Pastores, Basílica da Natividade, Monte Tabor e Igreja da Transfiguração, Via Crucis, Igreja de Santana, Muro das Lamentações,  Basílica do Santo Sepulcro e Calvário,  Pater Noster, Capela da Ascensão, Dominós Flevit, Casa de João Batista, Igreja da Visitação de Nossa Senhora a Isabel, Cenáculo, Túmulo de Davi, Dormitio Maria, Casa de Marta, Maria e Lázaro e Túmulo de Lázaro e Igreja de Maria Madalena  (Igreja Ortodoxa Russa), avistamos ainda as Ruínas de Jericó o Monte das Tentações a Árvore de Zaqueu e por fim o Mar Morto.
Narrar as emoções de cada participante, em seus detalhes, seria um bom exercício, mas chegaríamos, talvez, a um compêndio. Se tanto não nos é dado fazer, fica-nos a certeza de que, em cada um de nós permanecerá a lembrança de tudo – o que nos deixará genuflexos, pelo resto da vida.
Chegamos finalmente á Roma, onde  visitamos:
A Igreja de São Paulo fora dos Muros, Audiência com Papa Bento XVI, o Vaticano, Capela Sistina, Basílica São João Latrão, Santa Maria Maior, Santa Cruz de Jerusalém  e Igreja da Assunção.
No Vaticano, na Cátedra de São Pedro, Padre Enrico teve o privilégio de concelebrar com Seus bispos a Santa Eucaristia.  E nós tivemos a alegria de receber de perto a benção de Sua Santidade o Papa Bento XVI, cuja emoção não nos seria fácil descrever.  Verdade, amor, perdão e reconciliação.
Em tudo caracteriza-se a fé, renova-se a esperança e adquire-se uma nova dimensão do ser e do viver católico que tanto nos orgulha.
 Melhor encerramento das comemorações
do Jubileu de Ouro de nossa Paróquia
 seria impossível
Nossos agradecimentos aos esforços de nosso Pároco Pe. Enrico Arrigoni, na organização do evento e na brilhante condução da parte doutrinaria e litúrgica, componente essencial de nosso objetivo.
Agradecemos, ainda, à Comunidade Obra de Maria pela excelência de sua atuação e muito especialmente ao seu representante Hugo Alexandre que nos acompanhou de forma exemplar, digna dos mais altos louvores. Agradecemos também o trabalho das guias locais Ruth e Nanci que na alegria do seu ofício transmitiram-nos as particularidades de cada lugar visitado.
           Helena da Costa Basile
                                                                                                            Participante do evento





               



O Grupo na Igreja do Santo Sepulcro













Santa Missa no Monte das Oliveiras



                                             





   No Mar da Galiléia
                                                 

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