JUBILEU DE OURO
17 à 29 DE OUTUBRO de 2011
Jerusalém! Ao contemplá-la, temos a
impressão de estar ouvindo os clamores dos discípulos ao receber Jesus:
“Bendito o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos
céus” Lc 19,37 Isso foi demais para os fariseus que em protesto disseram:
“Mestre, repreende teus discípulos” ao que Jesus lhes respondeu: “Se estes se
calarem, clamarão as pedras” Lc 19,40.
“Jesus, então, contemplou Jerusalém e
chorou sobre ela, dizendo: “Não ficará sobre ti, pedra sobre pedra” Lc 14,44.
Estando lá... é justamente essa magia
insondável do etéreo, que nos invade e comove.
A história é conhecida, mas o estar-se
ali... olhando e sentindo a realidade do fato – é muito diferente. Desperta-se
do sonho para a realidade, ficando no íntimo do ser o registro de que tudo o
que se aprendeu e ainda se procura, está ali latente e concretizado. Ver, sentir e viver a
verdade é um misto de anseios e experiências que ultrapassa o saber e nos
arrebata à busca da plenitude que, naquele instante, nos parece tangível.
Ao contemplar as pedras inertes, tantas
vezes golpeadas sob o azul dos cosmos, como sentenciou Jesus, sente-se o
mistério do amor infinito que levou um Deus a se imolar pelo resgate de sua
criatura.
Essa é a marca deixada por nossa
peregrinação aos lugares sagrados onde Jesus nasceu, cresceu, foi batizado,
ensinou pregou nas sinagogas, realizou milagres e, finalmente, foi crucificado,
morto, sepultado e gloriosamente ressuscitado. Foi irresistível!
Casa
de Nossa Senhora – Basílica da Anunciação – Beleza angelical da Virgem que no proferir do “Fiat”,
torna-se Mãe do próprio Deus, pela graça do Altíssimo. Sublime e comovente
demais para ser descrito em poucas palavras.
Mar
da Galiléia – Réplica da barca de Pedro. Verdadeiro
êxtase!
Ao balanço do barco, a leitura do
evangelho. Todos contritos, contaminados pela simplicidade do texto e pela
singularidade do lugar a refletir o sol sobre as águas, na amplidão do espaço,
quando de repente, Pe. Enrico ordena com firmeza: “Parem o motor!” Silêncio
profundo caiu sobre todos e tudo. Cada coração abismou-se na presença da graça
que se fez sentir naquele instante. Foi indescritível.
Monte das Oliveiras –
Getsemani (Igreja da Suprema Angustia) - Perdido
na placidez do lugar, um altar pequeno, simples no rigor da expressão,
contrastando com a imensidão do espaço e a grandiosidade da celebração da
Eucaristia, bem aos moldes de seu significado - Oração e Agonia de Jesus. Ali...
estivemos rezando, meditando sobre o mistério d”Aquele que sentiu na carne a
solidão do abandono (até mesmo de seus escolhidos) caindo em agonia profunda pelo
pavor do martírio que havia de sofrer – Verdadeiro Deus em condição de Homem. –
Ele também rezou, mas rezou sozinho, sufocado pela dor dos crimes que não
praticou, ao ponto de pedir ao Pai: “Pai afasta de mim este cálice”, no que
humildemente logo retrocedeu dizendo “Mas faça a Sua vontade e não a minha”, Lc
22,42 confirmando com isto o legado do Pai Nosso, que nos ensina “Seja feita a
Sua vontade”.
Assim fomos andando... subindo,
descendo e não parando, sem sentir, sequer, as agruras das pedras do caminho.
Em cada lugar uma emoção diferente – estímulos renovados e corações lavados.
Igreja
de Caná, Casa, Primado de Pedro e Ruínas da Antiga Sinagoga, Igreja da
Multiplicação dos Pães e dos Peixes,
Monte e Igreja das Bem Aventuranças, Rio Jordão, Campo dos Pastores,
Basílica da Natividade, Monte Tabor e Igreja da Transfiguração, Via Crucis, Igreja
de Santana, Muro das Lamentações,
Basílica do Santo Sepulcro e Calvário, Pater Noster, Capela da Ascensão, Dominós
Flevit, Casa de João Batista, Igreja da Visitação de Nossa Senhora a Isabel,
Cenáculo, Túmulo de Davi, Dormitio Maria, Casa de Marta, Maria e Lázaro e
Túmulo de Lázaro e Igreja de Maria Madalena
(Igreja Ortodoxa Russa), avistamos ainda as Ruínas de Jericó o Monte das
Tentações a Árvore de Zaqueu e por fim o Mar Morto.
Narrar as emoções de cada participante,
em seus detalhes, seria um bom exercício, mas chegaríamos, talvez, a um
compêndio. Se tanto não nos é dado fazer, fica-nos a certeza de que, em cada um
de nós permanecerá a lembrança de tudo – o que nos deixará genuflexos, pelo
resto da vida.
Chegamos
finalmente á Roma, onde visitamos:
A Igreja de São Paulo fora dos Muros,
Audiência com Papa Bento XVI, o Vaticano, Capela Sistina, Basílica São João
Latrão, Santa Maria Maior, Santa Cruz de Jerusalém e Igreja da Assunção.
No Vaticano, na Cátedra de São Pedro, Padre
Enrico teve o privilégio de concelebrar com Seus bispos a Santa Eucaristia. E nós tivemos a alegria de receber de perto a
benção de Sua Santidade o Papa Bento XVI, cuja emoção não nos seria fácil
descrever. Verdade, amor, perdão e
reconciliação.
Em tudo caracteriza-se a fé, renova-se
a esperança e adquire-se uma nova dimensão do ser e do viver católico que tanto
nos orgulha.
Melhor encerramento das comemorações
do Jubileu de
Ouro de nossa Paróquia
seria impossível
Nossos
agradecimentos aos esforços de nosso Pároco Pe. Enrico Arrigoni , na
organização do evento e na brilhante condução da parte doutrinaria e litúrgica,
componente essencial de nosso objetivo.
Agradecemos,
ainda, à Comunidade Obra de Maria pela excelência de sua atuação e muito
especialmente ao seu representante Hugo Alexandre que nos acompanhou de forma exemplar,
digna dos mais altos louvores. Agradecemos também o trabalho das guias locais
Ruth e Nanci que na alegria do seu ofício transmitiram-nos as particularidades
de cada lugar visitado.
Helena da Costa Basile
Participante do evento
O Grupo na Igreja do Santo Sepulcro
Santa Missa no Monte das Oliveiras
No Mar da Galiléia
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